INFLUÊNCIA DE Azospirillum brasilense NAS INTERAÇÕES ENTRE MILHO E PLANTAS DANINHAS
DOI:
https://doi.org/10.46636/recital.v6i1.426Palavras-chave:
Corda-de-viola, Microrganismo rizosférico, Promoção de crescimento, TiriricaResumo
A maioria dos estudos que envolvem microrganismos capazes de promover o crescimento vegetal (MPCV) tem focado em melhorar o rendimento das lavouras, a exemplo do uso de Azospirillum brasilense em lavouras de milho, trigo e arroz. No entanto, poucas pesquisas têm sido realizadas para elucidar se MPCV influenciam as interações entre cultura e plantas daninhas. Entender se o uso MPCV afeta a habilidade competitiva de plantas daninhas e culturas pode auxiliar no desenvolvimento de abordagens biológicas em um sistema de manejo integrado de plantas daninhas. Dessa forma, objetivo desse trabalho foi avaliar se a inoculação de sementes de milho com A. brasilense influência nas interações entre a cultura e as plantas daninhas. O experimento foi realizado em casa de vegetação onde o milho (Zea mays L.) e as plantas daninhas corda-de-viola [Ipomoea nil (L). Roth] e tiririca (Cyperus rotundus L.) foram cultivadas em vasos. Foi adotado o esquema fatorial com duas condições de inoculação (sementes de milho inoculadas com A. brasilense e sementes sem inoculação) e três formas de plantio do milho (monocultivo, convivência com a corda-de-viola ou com a tiririca), em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. O crescimento do milho e das plantas daninhas foram avaliados por meio de avalições de altura, diâmetro do caule e produção de matéria seca da parte aérea e raiz. De maneira geral, a inoculação com A. brasilense e a convivência com as plantas daninhas não influenciaram a altura e o diâmetro do colmo do milho durante o período de cultivo. Por outro lado, comparando a mesma condição de cultivo, o milho em convivência com tiririca produziu menor matéria seca da parte aérea quando inoculado com A. brasilense. A competição com as plantas daninhas corda-de-viola e tiririca reduziu a matéria seca da parte área do milho inoculado com essa bactéria. Independente da inoculação, a corda-de-viola foi mais competitiva com o milho que a tiririca. Por outro lado, independente da forma de cultivo, o milho inoculado com A. brasilense foi mais prejudicado pela competição com as plantas daninhas que o não inoculado. A corda-de-viola apresentou maior produção de matéria seca total quando em convivência com plantas de milho inoculado com A. brasilense, enquanto que para a tiririca o efeito foi contrário. Conclui-se que a inoculação com A. brasilense não melhora a capacidade do milho em competir com as plantas daninhas corda-de-viola e tiririca.
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