LENIÇÃO DO TEPE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
UMA ABORDAGEM QUANTITATIVA DE FATORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.46636/recital.v6i1.433Palavras-chave:
Tepe, Lenição, Teoria de ExemplaresResumo
Este estudo teve como objetivo investigar a fenômeno da lenição do tepe [ɾ] em contexto intervocálico no Português Brasileiro (PB) em diversos estados e regiões. Com base na Teoria dos Exemplares, foram examinados fatores linguísticos e não linguísticos que influenciam a variação sonora. Adicionalmente, a pesquisa empregou a teoria acústica da produção da fala para analisar as mudanças na organização silábica resultantes da ausência do tepe. Os resultados gerais revelaram que a lenição ainda está em estágio inicial no PB, com uma taxa média de ausência de 18,48%. O estado do Pará apresentou a maior taxa de lenição, enquanto o Paraná registrou a menor. A tonicidade demonstrou ser relevante, com maior lenição ocorrendo em sílabas postônicas finais. Palavras polissílabas e palavras que contêm a vogal [ɛ] após o tepe também exibiram maior tendência à redução. A frequência lexical também teve certo efeito, embora não determinístico. Por outro lado, gênero e idade não tiveram efeito significativo, enquanto se observou um padrão geográfico para o fenômeno, com a lenição diminuindo nas regiões Sudeste, Norte, Nordeste e Sul. Além disso, foi constatado que ditongos decrescentes, hiatos e sequências de três vogais são favorecidos durante o processo de apagamento do tepe. Os resultados corroboram a Teoria dos Exemplares e indicam que fatores linguísticos e sociais atuam dinamicamente na implementação de fenômenos de variação sonora.
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